Forma Sintética de Poesia
Contemporânea. Como motivação política para sustentação das novas proposições
artísticas, a poesia nascida na Mariana do início do século XXI elegeu a
liberdade como condição de existência do poeta, conforme advoga Gilberto
Miranda Teles:
(...) obediência às regras não
significa que o escritor não tenha liberdade e possibilidades de modificá-las,
de ampliar suas funções, de acrescentar-lhes novos matizes de significação, de
descobrir para elas novas funções no processo cultural. (TELES, G,M, 1986,
p 1 – in Livro II das Aldravias)
Baseada nestas afirmações ouso acolher
as Aldravias de Gerson Monteiro, um jovem escritor mageense, pertencente à
ACLAM, Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé, que já publicou dois
livros de poesia, Cuca Legal e Segredo da Vida.
Quando lhe sugeri aprender a nova poesia
ele logo se interessou. Após as primeiras orientações escreveu vinte e nove
aldravias em um roteiro poético. Fugindo às regras da aldravipeia, um conjunto
de vinte aldravias com repetição de uma palavra escolhida pelo autor, em todas
elas. Seria uma pena sugerir que ele as modificasse para adequá-las às regras
desta variante da nova poesia marianense. Inspirada em Teles, classifiquei-as
de aldravipeia livre, sem a obrigação de repetir sempre a mesma palavra em cada
uma delas. Pois foram escritas espontaneamente, antes de conhecer as regras
desta variante da aldravia. Ele continuou brincando com as palavras e escreveu
mais treze aldravias e até a dedicatória do livro.
Gerson Monteiro é inteligente, criativo
e cheio de talento. O fato de ter aceitado meu convite para vir, à minha
casa, fazer uma oficina desta nova poesia, já foi um passo rumo ao seu
aprendizado. Confesso minha surpresa pela facilidade de Gerson na compreensão e
composição desta nova modalidade poética.
Seja bem vindo, meu jovem, ao mundo
aldravianista.
Benedita Azevedo -
Presidente da ACLAM
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Anderson Freitas