A POESIA QUE VIROU PROSA - Eu, marginal me Confesso por Narciso de Andrade e Olímpio Coelho de Araújo
A POESIA QUE VIROU PROSA -as palavras em negrito formam o poema de Narciso de Andrade e o autor Olímpio Coelho o transformou em prosa.
As pessoas se comovem ao perceberem que estou triste, acabrunhado
quando chego com olhos úmidos de tanto repensar a minha história
sempre pedindo perdão. Ando pelas ruas, por vielas quase inabitadas.
Eu me aproximo das pessoas cada instante com uma motivação diversa e
com lágrimas nos olhos. Eu nunca falo de mim e dos meus desencantos
E quando chego perto das pessoas perturbo-me diante da realidade
Inventando palavras dançarinas para passar o tempo e espantar a solidão
elas se comovem dando vazão ao pranto que brotam das minhas palavras
Por ser poeta miserável eu comovo as pessoas. Acato muitas sugestões.
Eu, marginal, me confesso um ser atormentado, inútil, fútil e sem tino
responsável pelos prantos, pelas dores, dissabores, pelas guerras e
por toda tristeza do mundo. Fico perplexo diante da vida que levo.
Essa inexplicável ausência do mundo real, da vida que me acende o desejo
de notícias do infinito. Aceito curtir os dias de amargura e desalento.
Essa solidão perpétua repleta de incerteza me faz construir uma placa
em bronze gravada para fazer parte da minha história e deixar marcada
na testa de cada um o roteiro do meu heróico, triste e cruel destino.
Olímpio Coelho de Araújo. OCA – IWA
atividade CPL por Cláudia Brino
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