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O CHÃO BATIDO
I
Não nos perdoem
os que nascerão
amanhã
os que nascerão
amanhã
Deixamos como herança a
busca inesperada que
fomos
busca inesperada que
fomos
neste chão
batido de passos
incertos
onde cabeças se abaixam
sem resposta
onde cabeças se abaixam
sem resposta
Ainda esperamos aqueles
que hão de
nascer
que hão de
nascer
com as veias sangrando de
angústia e um grito
contido na boca
Não nos perdoem
(do livro "O chão
batido", incluído em "Poesia Reunida", Pantemporâneo, 2012)
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