Viva Lupicínio Rodrigues (1914-1974)!
Ele completaria 100 anos em 16 de setembro..
Foi autor de clássicos como “Esses Moços”, “Loucura”, “Nunca”, “Ela Disse-me Assim”, “Felicidade”, “Vingança”, “Volta”, “Se Acaso Você Chegasse”.
Transfigurou a “dor de cotovelo” em arte. Das mais belas.
O pesquisador Rodrigo Faour, autor do livro “História Sexual da MPB” (2006), afirma que
“Lupicínio, ao lado de Herivelto Martins (1912-1992), foi um dos pioneiros, um dos fixadores do samba-canção na década de 1940”.
Complementa Faour: “E Com essas músicas machucadas de amor ele munia o repertório de Linda Batista, Francisco Alves, Nelson Gonçalves, Isaura Garcia, Orlando Silva – todos os grandes cantores de rádio gravaram muito o mestre Lupicínio”.
E não só eles, como lembra Chico Castro Jr.
Praticamente, todos os grandes nomes da MPB pós-bossa nova também gravaram Lupicínio: Paulinho da Viola (“Nervos de Aço”); Maria Bethânia (“Foi Assim, Loucura”), Gilberto Gil (“Esses Moços”), Gal Costa (“Volta”, “Loucura”), Elis Regina “Cadeira Vazia”), Caetano Veloso (“Felicidade”).
Até mesmo o vanguardista Arrigo Barnabé, rendeu-se ao gênio de Lupicínio – como lembra um pesquisador –, ao elaborar o show “Caixa de Ódio” (2011).
Como assinala Chico Castro Jr., na sua Porto Alegre natal, de onde pouco saiu em vida, Lupicínio deixou marcas profundas na cidade e em seu povo.
É dele o (belo) hino do Grêmio, seu time de coração.
Então, tio Lupi faria 100 anos.
Suas canções sentidas, passionais, fortes, ficarão para sempre.
Viva Lupicínio Rodrigues!
(E para comemorar, escuto “Felicidade”.)
- Emanuel Medeiros Vieira - (Salvador, setembro de 2014)
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Ludimar Gomes Molina