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Trajes Poéticos - Pantun

Tipo de poema estrófico, originário da Malásia e introduzido na literatura francesa por Victor Hugo. Compõe-se de uma série de quartetos, em que o segundo e quarto versos de um vão, ressurgir como primeiro e terceiro na estrofe seguinte, até ao último que termina com o verso inicial do poema.

Veja os poemas


Sagrado Solo

Plantemos consciência!
Quanta destruição!
Olhando nossas cidades
Só vemos degradação!

Quanta destruição!
Envenenamos as nascentes.
Só vemos degradação!
Do nosso solo sagrado.

Envenenamos as nascentes
Poluímos as riquezas
Do nosso solo sagrado
Ameaçando nosso planeta.

Poluímos as riquezas
Matas e exóticos segredos
Ameaçando nosso planeta.
Plantemos consciência!

Clara Sznifer

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Um versinho

No calor desse versinho
mostro a ti minha afeição;
fique só mais um pouquinho,
pois chegou a inspiração.

Mostro a ti minha afeição
de forma muito concreta
pois chegou a inspiração
no peito desta poeta

De forma muito concreta
eu te ofereço uma flor;
no peito desta poeta
também habita o amor.

Eu te ofereço uma flor
com verso de gratidão;
também te dou meu amor
com todo o meu coração.

Com verso de gratidão
eu vou dar-te meu carinho
com todo o meu coração
no calor desse versinho.

Deise Domingues Giannini

*****************************


Na arte de um grande pintor,
A realidade da vida
Mostrada, com tanto amor,
Na tela envelhecida.

A realidade da vida
Desnudá-se, sem pudor.
 Na tela envelhecida
Renova o seu vigor.

Desnudá-se, sem pudor.
Distorce imagem refletida.
Renova o seu vigor.
Dá novo sentido à vida.

Distorce imagem refletida
Na exposição realista.
Dá novo sentido à vida
A realidade do artista.

Na exposição realista:
Verdade, vida e amor.
A realidade do artista
Na arte de um grande pintor

Ludimar Gomes Molina

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Tarde quente
  
O sol queima toda a tarde
abrasando a natureza
A paisagem sofre e arde
ante tanta brasa e dureza

Abrasando a natureza
todos sentem-se afogueados
ante tanta brasa e dureza
nessa fornalha por todos os lados

Todos sentem-se afogueados
quando o braseiro se manifesta
nessa fornalha por todos os lados
correr para a água é o que nos resta

Quando o braseiro se manifesta
o incômodo logo transparece
Correr para a água é o que nos resta
nessa aridez que a tudo aquece

O incômodo logo transparece
e o mal-estar faz seu alarde
nessa aridez que a tudo aquece
o sol queima toda a tarde

 Vieira Vivo

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 Infância

 Ó saudades das boas horas vividas,
as horas da infância e adolescência,
pois sei não voltarão jamais.
E por que teriam que voltar?

As horas da infância e adolescência,
Hoje só as boas lembranças guardo,
e por que teriam que voltar?
Aprendi a saudade suportar.

Hoje só as boas lembranças guardo,
guardo mas fico remoendo...
aprendi a saudade suportar,
já era tempo, de amadurecer na vida.

Guardo mas fico remoendo...
remoer algo é castigo, não mereço.
Já era tempo de amadurecer na vida,
Esquecer o passado e viver com alegria.

Remoer algo é castigo, não mereço,
quero aproveitar todos os bons momentos,
esquecer o passado e viver com alegria,
Ó saudades que tenho das boas horas vividas.

Marly Barduco Palma

*************************************
  
A pedra
                  
Quero ser uma resistente pedra quando eu morrer
Não uma pedra qualquer sem personalidade
Mas uma pedra pra valer de qualidade
Uma pedra de verdade a pedra que eu quero ser.

Não uma pedra qualquer sem personalidade
Mas a pedra que tem dureza tenacidade
Uma pedra de verdade a pedra que eu quero ser
Uma pedra pedra com os atributos que tem que ter.

Mas a pedra que tem dureza tenacidade
Que desafie as intempéries resista as adversidades
Uma pedra pedra com os atributos que tem que ter.
Mas uma pedra silenciosa porém com todo poder

Que desafie as intempéries resista as adversidades
Que não seja uma simples pedra a pedra que quero ser
Mas uma pedra silenciosa porém, com todo poder
Quero que a pedra que eu venha ser transponha a posteridade

Que não seja uma simples pedra a pedra que quero ser.
Que resista aos meteoros que despenquem da imensidade.
Quero que a pedra que eu venha ser transponha a posteridade.
Quero ser uma resistente pedra quando eu morrer

Olímpio Coelho de Araújo

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Ocaso

O sol se põe lindamente
Lá na linha do horizonte
Colore a tarde indolente
Se escondendo atrás do monte

Lá na linha do horizonte
A cena se faz completa
Se escondendo atrás do monte
Com as cores feito fonte

A cena se faz completa
Alegrando o coração
Com as cores feito fonte
Expandindo a emoção

Alegrando o coração
A alma se faz contente
Expandindo a emoção

O sol se põe lindamente

Cida Micossi e Vieira Vivo - cepelistas

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REFERÊNCIA

Navega o canoeiro
em direção ao poente
vai seguindo o nevoeiro
remada forte vai em frente.

Em direção ao poente
o morro é a referência
remada forte vai em frente
lutando com paciência.

O morro é a referência
Pretende alcançar a terra
Lutando com paciência
No refluxo azul sobre a serra

Pretende alcançar a terra
descendo no nevoeiro
no reflexo azul sobre a serra
navega o canoeiro.

Edite Capelo e Olímpio Coelho de Araújo - cepelistas

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PASSAGEM

A passagem do dia sem fim,
dia, noite, noite, dia,
faz da vida um pêndulo
que movimenta o mundo.

Dia, noite, noite, dia
percorro a estrada sinuosa
que movimenta o mundo,
que gira em torno de nós.

Percorro a estrada sinuosa,
procurando nova sensação
que gira em torno de nós,
criando o sentido do universo.

Procurando nova sensação
sigo sempre o mesmo eixo,
criando o sentido do universo:
a passagem do dia sem fim.

Kedma O'liver e José Vieira de Almeida - cepelistas

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