Trajes Poéticos
Ainda decido: qual traje usar?
Botar o Acróstico ou o Teléstico?
Com o Acróstico terei o início
Depois com o Teléstico só fim
Enquanto me decido
Faço rendas no Mesóstico
Grudo-as na Mesodiplose
Hesito, penso no visual
Idéias repetidas não quero
Jitanjáfora, nem pensar!
Louca, dirão: ela está!
Mas sei que o C.P.L.
Não quer que eu pareça maluca
Onde está a inovação?
Poetas... só eles saberão!
Qurubins tocarão sinos...
Ricochetes farão ecos!
Sabem que vou vestir
Trajes poéticos de amor
Unindo todas as as rimas
Vestindo Haicais com sedas
Unindo todas as as rimas
Vestindo Haicais com sedas
Xales darão o "glamour"...
Zumbidos... nas ondas do mar.
A ARTE DA NATUREZA
As águas do mar trouxeram
As conchinhas cor de rosa
Espalhou-as nas areias
Expondo os seus encantos
Para todos que passavam
Nos seus delicados tons
Elas quase cintilavam
Pareciam madrepérolas
Na sua fragilidade
Tinham um encanto feminino
As pessoas caminhavam
Delas nem se apercebiam
Com olhar vago e incerto
Só olhavam para a frente
Em cima delas pisavam
Nem tentavam desviar.
Trituravam seus encantos
Indiferentes, incensíveis
Não sabendo apreciar
A arte da natureza
Um presente singular.